domingo, 31 de outubro de 2010

CARTA da MARINA

Ao final da Plenária Nacional do PV, a senadora Marina Silva, ex-candidata do partido à Presidência da República, leu carta aberta destinada aos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) para apresentar seus argumentos em defesa de um posicionamento independente no segundo turno da eleição presidencial.
“Quero afirmar que o fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade em relação aos rumos da campanha. Creio mesmo que uma posição de independência, reafirmando ideias e propostas, é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro”, afirmou Marina.
No documento, a senadora chamou a atenção para a história republicana do Brasil: “Vemos que ela é marcada pelo signo da dualidade, expressa sempre pela redução da disputa política ao confronto de duas forças determinadas a tornar hegemônico e excludente o poder de Estado. Republicanos X monarquistas, UDN X PSD, MDB X Arena e, agora, PT X PSDB”.
“Há que se perguntar por que PT e PSDB estão nessa lista. É uma ironia da História: dois partidos nascidos para afirmar a diversidade da sociedade brasileira, para quebrar a dualidade existente à época de suas formações, se deixaram capturar pela lógica do embate entre si até as últimas conseqüências”, afirmou a ex-presidenciável.
Marina relembrou que ambas as legendas, ao rejeitarem o modelo de federação de oposições ao regime militar que era o MDB, “enriqueceram o universo político brasileiro criando alternativas democráticas fortes e referendadas por belas histórias pessoais e coletivas de lutas políticas e de ética pública”.
“Agora, o mergulho desses partidos (PT e PSDB) no pragmatismo da antiga lógica empobrece o horizonte da inadiável mudança política que o país reclama. A agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz e o debate de projetos capazes de reconhecer e absorver com naturalidade as diferentes visões, conquistas e contribuições dos diferentes segmentos da sociedade, em nome do bem-comum”.
A senadora fez questão de ressaltar o conservadorismo de legendas que surgiram com objetivo transformador. “Paradoxalmente, PT e PSDB, duas forças que nasceram inovadoras e ainda guardam a marca de origem na qualidade de seus quadros, são hoje os fiadores desse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem limites.”
Ao analisar o resultado do primeiro turno da eleição presidencial, Marina diz que as urnas trouxeram “uma reação clara a esse estado de coisas, um sinal de seu esgotamento. A votação expressiva no projeto representado por minha candidatura e de Guilherme Leal sinaliza, sem dúvida, o desejo de um fazer político diferente”.
“Se soubermos aproveitá-la com humildade e sabedoria, a realização do segundo turno, tendo havido um terceiro concorrente com quase 20 milhões de votos, pode contribuir decisivamente para quebrar a dualidade histórica que tanto tem limitado os avanços políticos em nosso país”, disse.
Sobre a oportunidade criada pelo segundo turno, a senadora diz a Dilma e Serra que lhes foi dada a chance de “liderar o verdadeiro nascimento republicano do Brasil”.
A respeito do apoio dos eleitores evangélicos, Marina afirmou que não usou sua vinculação à fé cristã evangélica como “arma eleitoral”.
Os exemplos de cristãos como Martin Luther King e Nelson Mandela e do hindu Mahatma Ghandi mostram que é possível fazer política universal com base em valores religiosos, lembrou. “São inspiração para o mundo.”
Por fim, Marina apela a Dilma e Serra que “reconheçam o dano que a política atrasada impõe ao país e o risco que traz de retrocessos ainda maiores. Principalmente para os avanços econômicos e sociais, que a sociedade brasileira, com justa razão, aprendeu a valorizar e preservar”.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ao Meu VALE....


Nesse canto, corre um rio... Um rio que carrega um mar de gente. Gente simples, que ama sua terra onde quer que esteja, que voa pelo mundo mas tem as raízes plantadas no chão árido do Jequitinhonha...
Esse rio corre no meu coração, refresca a minha alma, alimenta os meus sonhos! Esse rio me faz caboclo, tropeiro, cantador, artesão, congadeiro, boi de janeiro...
Se vc tem a mesma sensação, esse é o seu lugar: puxe uma cadeira e participe da prosa...



Se você não conhece o Vale, olhe o sorriso das pessoas dessa comunidade, veja força, integridade, solidariedade, simplicidade, orgulho. Veja o Vale do Jequitinhonha!!!!.

O Vale do Jequitinhonha é mesmo assim:


se olharmos para trás, para o passado,
para dentro dos barracos,
somos o Vale da Miséria e da Fome;
se olharmos para frente, para o futuro,
para os olhos de nossas crianças,
somos o Vale da Cultura e da Esperança!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PARA COMEÇAR:

As pessoas geralmente se preocupam com a aparência física e se esmeram para mostrar uma certa elegância, de acordo com suas possibilidades. 

Isso é natural do ser humano. Tanto que muitos buscam escolas que ensinam boas maneiras.

No entanto, existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. 

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais corriqueiras, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto: é uma elegância desobrigada. 

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.

Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca. 

É possível detectá-la também nas pessoas que não usam um tom superior de voz. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É uma elegância que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo. 

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece. É quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não.

É elegante não ficar espaçoso demais. Não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade. 

Sobrenome, cargo e jóias não substituem a elegância do gesto. Não há livro de etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e a viver nele sem arrogância.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. 

A pessoa de comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os indivíduos, indistintamente.

Ter comportamento elegante é ser gentil sem afetação. 

É ser amigo sem conivência negativa.

Ser sincero sem agressividade. 
É ser humilde sem relaxamento.

Ser cordial sem fingimento.